
Do or do not. There is no try.
Tenho miniaturas e imagens do Yoda espalhadas no meu quarto – essa é uma delas. Por duas razões: a primeira é que adoro Star Wars, e miniaturas, e. A segunda é a inspiração que a frase e a imagem acima me dão. Quando estou desestimulada por alguma razão, olho pra alguma imagem do Yoda e lembro dessa cena e dessa frase. E isso me estimula a seguir em frente, a não paralisar. Nos últimos tempos, a luta contra o desânimo tem sido constante, diante de alguns problemas por quais tenho passado. Enfim. Acontece. Faz parte da vida.
Por que estou falando isso tudo? Bem, porque ontem, estudando, lembrei muito dessa frase. Como não posso ficar parada esperando o desânimo passar, me mantenho estudando – com vontade ou não. Afinal, “do or do not”. E, lendo um texto do Ciro Flammarion Cardoso, as soluções dos maiores problemas da minha dissertação me vieram à mente. Fiquei muito, mas muito feliz. Não vou aqui dar os detalhes da minha dissertação, mas vou falar de uma associação que fiz enquanto lia, me fazendo compreender na prática o que ouvi falar a minha vida inteira:
LEIA, muito. O que tiver pela frente. Vai te ajudar quando menos esperar. Escreva. Uma página de diário por dia, mas escreva. Vai ajudar em tudo o mais que estiver fazendo. Estude. Mesmo o que aparentemente não tem nada a ver com os seus interesses imediatos, vai fazer diferença depois.
Nessa vida cada vez mais corrida que levamos, continuo ouvindo isso, mas com frequencia cada vez menor, afinal devemos privilegiar nossas obrigações. Não digo que não temos. Mas leitura e escrita por prazer também ajudam nas nossas obrigações. Alguns duvidam, e eu não tinha percebido isso realmente, na minha prática (e só falamos com propriedade de algo que experimentamos…). Bom, vamos então à minha experiência, que me deu uma injeção de ânimo daquelas.
Estava eu lendo um texto clássico dele, O método comparativo na História. Pra quem ainda não sabe, faço mestrado em História Comparada – por isso essa leitura em particular. O texto começa definindo História Comparada e apresentando as suas vantagens. Discorrendo sobre essas vantagens, cita Piaget e a sua defesa da comparação como forma possibilitadora da sistematização do conhecimento, essencial para o surgimento das ciências “nomotéticas” (as que procuram estabelecer leis). Lendo isso, lembrei do que tinha lido na manhã de ontem: 20.000 léguas submarinas, do Júlio Verne (que estou lendo pro Clube de Leitura do Meia Palavra e pro meu Bookworm Rehab). Mas o que História Comparada tem a ver com um livro de ficção escrito em 1870? Tudo. No texto do Ciro, a concepção teórica de ciência. Na história do Verne, a aplicação dessa teoria numa história: há um momento em que lembramos do nosso segundo grau (ensino médio é pra molecada), quando é apresentada uma coleção de um zoófilo – lembramos das classificações por grupo, espécie, etc, que estudamos no colégio, porque é assim que a coleção se organizava. E como é feita essa organização? Comparando semelhanças e diferenças, e voltamos à História Comparada e ao Piaget.
Claro que não foi unicamente isso que me fez ter a minha epifania, mas fez parte do processo. E fazer essas associações, entre um livro de ficção, biologia ensinada na escola, e um texto téorico-metodológico, fez parte de outro processo: o de me animar. Quando percebo, na prática, a minha capacidade de articulação me sinto muito bem comigo mesma. E fazer associações me dá um prazer imenso.
E não teria tido esse momento de prazer, ontem, se não seguisse os conselhos acima destacados. Portanto: lembrem sempre do mestre Yoda, leiam, estudem o que tiver pela frente: quando menos se esperar (e ontem eu não esperava MESMO), e muitas horas de vida vão fazer sentido. 😀
PS: se servir pra inspirar mais, ótimo. A vontade que eu estava de estudar ontem? Zero. A felicidade no final do dia? Praticamente incalculável 😀
Que texto lindo, Alinde!
Nossa, me inspirei só de lê-lo, principalmente o trecho em que você citou a importância da leitura, escrita e estudo.
Às vezes deixamos que o desânimo tome conta das nossas vidas e não nos esforçamos para tentar sair dele com a prática e a constância das nossas ações.
Destacar-se é praticar, praticar, praticar sempre, mesmo quando não sentimos vontade.
E a referência a Yoda e à ficçãosó vem comprovar o quão essencial é a literatura em nossa vida.
Parabéns, siga em frente. Você vai longe. Bjs.
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Lindo foi seu comentário 🙂
Fiquei boba ao ler 🙂
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Poxa ALinde! Muito bom o texto!
Eu, particularmente, costumo escrever meus pensamentos às vezes.. e isso me ajuda muito a chegar a alguma decisão ou solução de algum problema…
Pode publicar no PN sim!
Envia pra mim no contato@protocolonerd.com.br junto com uma breve “bio” sua (tipo a que a Indily fez).
Abs
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Você me orgulha. Falo isso como ser humano.
Como se não bastasse sempre tentar ser uma amiga melhor vc sempre tenta ser uma pessoa melhor, mas sempre vejo vc sendo assim por alguém. E hoje senti MUITO orgulho de ver vc sendo assim por vc mesma!
Parabéns pela vitória de ontem. Que venham outras, que teus conhecimentos brotem e te ajudem sempre não só nessa dissertação mas em tudo que tua mente brilhante se propuser a fazer.
Amei teu texto. E amo vc menina!
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Brilhante? Assim fico convencida, hein… rsrs
Amo-te, flor 🙂
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