Não faço lista do que ler, por uma razão simples: não consigo seguir essas listas. Já experimentei fazer, e sempre, sempre mesmo, acabei não seguindo. Lista feita, leio o primeiro, o segundo. No terceiro, já quero encaixar outro no meio, já estou sem vontade de obedecer. Não gosto de planos muito fechados, porque não consigo não ser rebelde com eles.
Mesmo assim, achei a imagem uma lindura, que tem muito a ver comigo. Não ter lista fechada não significa não ter uma ideia do que quero ler em 2014. E em 2015, 2016… Levando em conta os livros que tenho e não li e o meu ritmo de leitura, tenho lista até 2018 – só contando os livros de ficção. E essa lista sempre vai aumentar, inevitavelmente: 2018 é o prazo pra terminar de ler o que já tenho sem comprar e ganhar nenhum livro a mais.
Coisa que não vai acontecer. Minha personalidade impulsiva (mais controlada nos últimos tempos, mas ainda assim continuo impulsiva) não vai se contentar com o que já tenho. Sempre vai surgir uma curiosidade nova, ou vou dar vazão a velhas curiosidades, e aí o resultado é um só: aumento da lista de livros adquiridos não lidos. Mas esse aumento não se dá só pela impulsividade, mas por outro traço característico meu: a curiosidade infinita, e por diversos assuntos e literaturas. Acho que não há gênero literário que me cause repulsa (ou não estou lembrando de nenhum agora), e tenho desejo de conhecer culturalmente o mundo através da literatura. Adoro ler um livro que se relacione de alguma forma com o que já li anteriormente na minha vida (ainda vou conhecer todos os clássicos russos assim, e ainda a literatura inglesa “feminina” do XIX). Adoro explorar coisas novas (de 2012 pra cá comecei com russos e africanos). E amo ganhar livros de presente. Quer me ver feliz? Dê uma olhada no que tenho lido e no que quero ler (o blog e o perfil do skoob são dicas) e me dê um livro de presente. Não há ano que não ganhe livros, só em 2013 foram cinco (sendo um deles de um amigo oculto literário que participo).
Resumo da ópera? Minha lista é infinita. E assim vai continuar sendo, a não ser que de repente eu mude de personalidade e pare de gostar de ler, ou fique menos curiosa. Acho difícil. Com licença, vou ali continuar a leitura de Ouro, Fogo e Megabytes – livro que ganhei de Natal em 2012 da minha vó e que até agora não li. Um ano depois dela ter me dado o mesmo por ter gostado da leitura (ela participou de uma banca de prêmio para livros juvenis de fantasia, em que ele ganhou), abri afinal o mesmo para dar uma conferida.
Affe, essas listas são deliciosamente mortíferas. Enquanto lia seu post, meus olhos e óculos buscaram a pilha de literatura Sci Fi e Fantástica que tenho pra ler. Dei um suspiro profundo. São uns 7 livros (Silo, Kafka a beira mar, Deuses Americanos, O cavaleiro dos sete reinos, entre outros que não lembro) Espero que nestas ferias de Julho consiga ler ao menos 3 🙂
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Só sete livros? Eu nem faço listas. Até porque o meu conhecimento em Sci-fi ainda está abaixo do básico, se eu fizer lista a coisa vai ficar feia. E os outros gêneros literários, como ficam? Com outras listas infinitas? rsrsrsrs
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Misericórdia, como diz um amigo meu. Fazendo um trocadilho com as HQ’s: Crise nas Listas Infinitas huahahuaha :p
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Certamente. Quer ver? Nem terminei Fundação ainda. Não li Duna. Isso os clássicos. Fantasia? Não li Tigana, A Espada de Shannara… lista pra que? Sei que quero ler, quando der na telha leio e pronto. Sim, Crise nas Listas Infinitas, adorei essa, adotada pra vida.
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