O blog

Não escrevo regularmente, não é muito do meu feitio ser constante. Geralmente, o que quero fazer numa semana na seguinte estou sem disposição. O que explica o meu baixo volume de leitura para alguém que se diz bibliófila. E a minha pouca frequência por aqui, mesmo gostando de escrever. Vamos ver como fica isso aqui a partir de março de 2016: estou mudando o nome (que já foi Casa da Ceinwyn), tenho como projeto fazer o blog engrenar de vez.

Gosto de escrever de tudo um pouco, mas literatura é o que mais me sinto à vontade. Provavelmente vai ser a presença mais marcante daqui em diante, mas como gosto também de outras coisas, prefiro fazer daqui um blog de variedades.

E, claro, por que esse nome esquisito para o blog? Já disse na descrição de minha pessoa que adoro uma série nerd, certo? Doctor Who. E, apesar de não ser nerd de carteirinha (tenho outros milhões de interesses nenhum pouco nerds), o novo nome do blog vem de outro amor nerd: Tolkien. Já estava insatisfeita (ou enjoada) com Casa da Ceinwyn há um tempo. Escrevi sobre isso no Facebook, e eis que minha querida amiga Cleonice (que se encontra no Pelo preço de um pedaço de torta) sugere Alindalë, uma referência ao Tolkien (nos conhecemos por culpa dele, aliás) e à forma carinhosa com que ela me chama: Alinda (favor não me chamar assim senão for amigo íntimo, não gosto de intimidades sem uma amizade forte que as sustente). A referência à Tolkien? Nas palavras dela:

remete a Ainulindalë, só que, no lugar de Música dos Ainur, temos a música da Alinde. E música, aqui, fica no sentido amplo, isto é, abarca o tanto de coisa que você “canta” no blog).

Ainulindalë é o começo de um dos livros mais belos e difíceis que li até agora: Silmarillion. A trama não é complicada: complicado é ler um livro em que o fio narrativo da história é muito tênue, pois é uma junção de textos que o filho do Tolkien fez depois da morte do pai. Ainulindalë é o começo do livro, o capítulo mais poético e lindo de toda a obra do Tolkien (na minha modesta opinião): Eru (“Deus”) cria os Ainur (“”anjos””??), e juntos, criam o mundo através de uma música – Ainulindalë (Música dos Ainur). O nome do blog, portanto, é uma sugestão de homenagem a um dos meus capítulos preferidos de todos os tempos, do meu livro preferido, de um dos meus autores da vida (escrevi um texto com início bobinho sobre o Tolkien aqui).

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